Apresentação


A geoestatíscia que foi definida inicialmente por Matheron (1971) como aplicação da Teoria das Variáveis Regionalizadas para a estimativa de depósitos minerais, tem hoje sua aplicação nas mais diversas áreas do conhecimento como: oceanografia e reflorestamento, petróleo, hidrogeologia, meio ambiente, geotecnia, agronomia de precisão, dentre outras.

Como a geoestatística foi introduzida muito recentemente na grade curricular em cursos de graduação e de pós-graduação, há necessidade de promover cursos de extensão para disseminação da técnica, bem como para proporcionar uma reciclagem aos profissionais atuantes na área.

De modo geral, geoestatística é um ramo da estatística que une o conceito de variáveis aleatórias com o conceito de variáveis regionalizadas, gerando um novo conceito de funções aleatórias, que são posteriormente processadas por aplicativos computacionais.

Através destas técnicas, dentre as quais se destacam a krigagem, é possível calcular um valor de uma dada propriedade (fácies, permeabilidade, porosidade) para cada centro da célula de uma malha tridimensional, valor este condicionado aos dados existentes (dados de poços, sísmica, etc.) e a uma função de correlação espacial entre estes dados.

Os métodos geoestatísticos fornecem um conjunto de ferramentas que permitem entender uma aparente aleatoriedade dos dados, mas com possível estruturação espacial, estabelecendo, desse modo, uma função de correlação espacial.

Segundo Isaaks and Srivastava a geoestatística permite descrever a continuidade espacial, a qual é uma característica essencial de muitos fenômenos naturais.

Erros de amostragem: "Qualquer amostragem (até mesmo a mais simples) comporta uma série de erros possíveis, alguns dos quais relacionados com a estrutura do minério, com sua distribuição e textura, outros decorrentes das técnicas usadas na amostragem, ou de modo como as técnicas são aplicadas, ou dos instrumentos de amostragem", in Gy (1968).

Este problema, infelizmente, não termina com a retirada da amostra, mas continua através da preparação, subdivisão e estágios de análise em laboratório, cada um dos quais é passível de errom que podem afetar a precisão ou influenciar sua exatidão. O erro de amostragem representa a diferença composicional entre a amostra de rocha e a parte do corpo rochoso com que se espera representá-la (Miesch, 1967). 

SegundoKoch & Link (1971), os erros de amostragem podem ser subdivididos, conforme a sua fonte de variação.

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